8.26.2005

Zelador

A verdade de uma história é, a maior das vezes, relativa, ou seja, muito mais estória.

Depende do dia, da hora, do contacto e, basicamente, de quem a conta ou escreve e outras coisas mais que queiramos.

Tudo a ver com o Senhor Anónimo, que ainda o é, mas que passou também a ser conhecido por Senhor Anónimo Zelador.

É anónimo mas não é o dono da curva. É sómente zelador a tempo, que é o dele, não o de outrem. Até nisto é diferente. Quase todos os que conheço, não têm tempo - é uma pena mas nada a fazer porque cada um tem o que quer!

Sinto prazer quando, de tempos a tempos, avisto os sacos plásticos agrupados e dou depois com ele, na sua calma que doi, e a curva completamente limpa.

Afinal vem de outras paragens e cedo, porque, quando passo - tarde - próximo ou depois das nove, já a limpeza foi feita. É um regalo para a vista e o ego de ser Português. Já temos uma curva limpa.

Pena o asfalto não corresponder na fase final da curva. Está um pouco, assim, assim, mas paciência. As obras ainda não acabaram e posso estar a ser má língua. Deixemos a crítica para depois se for merecedora de tal.

Cantemos uma pequena vitória na derrota do Verão.

Manuel Joaquim