3.23.2005

Lento roteiro

 Posted by Hello


Era ainda a Porto'2001 um projecto que alimentava a ingenuidade dos que pensavam que nada voltaria a ser igual depois da maré viva de cultura que haveria de inundar a cidade e criar um estado de graça na mente dos portuenses... É claro que não houve maré, apenas algumas ondas bem direccionadas pelos amigos de sempre, dando origem às tretas do costume: muito antes da abertura já as bilheteiras estavam esgotadas… O costume, mas também não é esse o motivo da postagem, antes as obras que começaram quando a candidatura não era mais do que isso, algumas delas ainda estão por acabar. Pois bem, lembro o olhar assombrado com que fiquei ao verificar a reconstrução da linha do eléctrico na Praça da Batalha e na Rua 31 de Janeiro. Era uma ideia bonita, a merecer todo o carinho de quem usufruiu do privilégio de viajar ao lado do condutor, olhando fascinado para a simplicidade de condução do veículo. Afinal… estão lá os trilhos, e nem dão mau aspecto, e onde pára o eléctrico? Tanto como servir de meio de transporte a uma cidade carente de serviços colectivos eficazes, poderia ser mais um meio para cativar os turistas que descobrem o Porto. No seu passo lento, em jeito de passeio, seria uma óptima (e segura) forma fazer um roteiro que permitisse um olhar calmo da cidade. Depois das obras terminadas, claro!

Fernando Rogério

3.21.2005

Voltar atrás

 Posted by Hello

Absolutamente necessário o regresso ao post "Escolha". Esclareça-se...

F.R.

3.20.2005

Eternamente

Brilho da noite Posted by Hello


A beleza está nos olhos de quem contempla! Há quem o diga, eu tenho as minhas dúvidas, porque sou daqueles que pensam que o que é... é. O facto de gostar (ou não) implica subjectividade; não a certeza de que "belo" é definição de "agrado". Ora, assim sendo, olhe-se o lado noctivago do Porto e haja quem seja capaz de negar a beleza da luz dos holofotes reflectida pelo que é cinzento de dia e se torna amarelo a cobro da noite. A beleza, de facto, está na descoberta do artista, porque existe. Haja talento para a mostrar.

Fernando Rogério

Era uma vez, a seguir há outra!

Passo a passo iremos apresentando o candidato!
Tez luzidia reflectindo os projectores que fortalecem a posição e preparam o caminho a percorrer na direcção do objectivo.
Ali o temos no seu melhor da descontração após o fraco encontro que, não por culpa nossa - estavamos bastante bem preparados - mas por falta de qualidade do adversário que não se apresentou à altura, deixando muitas saudades o combate do ano passado na "Nôra". Esse sim estava de gabarito.
Eu diria mais:
- Estava de altíssimo gabarito.
A "Nôra" aplicou o seu melhor tendo em conta o júri constituido pelos manos e companhia.
Paciência! A toalha é que não vai ao tapete e mais informo que dali surgui melhor solução. Terei a grande oportunidade de lavar uns discos em casa do Rui.
A ver vamos o desenvolvimento e quem tem afinal jeito para o avental. No meu caso específico será uma honra e um enorme prazer auxiliar os melhores.
Lá temos mais uma vez um velho ditatado em cima da mesa - há males que vêm por bem!!!

Manuel Joaquim

A nossa escolha

O prometido não é de vidro. É sólido. Prova-o este pré-lançamento, um ensaio apenas para a grande missão que nos espera...

Solicitado Posted by Hello

A promessa foi cumprida, mas não pôde ser mantida. O "escolhido" (com letra minúscula, que é minha a decisão) solicitou (telefonou, pediu, fez questão, etc.) mas nunca exigiu e manda a regra da boa educação a que os Mecos se obrigam não resistir... Tivesse havido exigências e as coisas seriam diversas, até pela "ordem" da Palermada que impõe serem estes 'reagentes'. Mas não, o pedido feito como tal torna-nos 'dependentes' (lá está mais uma característica da Palermada) e, por isso, cedi. Fica por definir se este é o fim da "escolha", daí o ponto de interrogação. Confesso hoje sérias dúvidas quanto à bondade da nomeação até agora unânime. Fica aberta mais uma discussão, sem produtividade possível. Acho! Sobre isto, tenho dito!

Fernando Rogério

3.17.2005

Convocatória

está ao lume Posted by Hello


Esperava que o Manuel assumisse a responsabilidade de tornar pública a convocatória... Enfim, como se aproxima a minutos rápidos a hora do grande encontro, adianto-me ao Mano Velho e registo a convocatória para mais um prélio. Os 7 (repito por extenso, sete) Mecos estão na lista do técnico, que considera o adversário "muito forte", capaz de "colocar muitas dificuldades"; no entanto, acrescenta ter "muita confiança" na sua equipa, razão pela qual confia poder "festejar a conquista da vitória" no final do repasto (perdão, desafio). Para quem tiver dúvidas, está marcada para as 20h00 a colocação dos pés debaixo da mesa, no estádio chamado Freitas, por demais conhecido de todos, pelo que não se esperam surpresas.
Haja apetite, que a táctica está mais do que treinada: garfo na mão e vamos a elas...


Fernando Rogério

3.12.2005

(Des)Filosofar

Indiscutível Posted by Hello

O livro da Mafalda é uma espécie de bíblia e os pensamentos do Filipe um tratado de desculpas que até podem servir para a nossa cidade. Não? Então digam lá que aqueles que podiam e nunca quiseram lutar contra o óbvio - a degradação provocada pela venda de grandes e pequenos pedaços aos poderes financeiros - jamais argumentarão com a preguiça... Afinal, onde é que já se viu um preguiçoso ter forças para lutar?

Fernando Rogério

3.11.2005

Inventar o presente

 Posted by Hello

O presente está aqui, não tão diferente quanto o passado nas pedras. Vítima, óbvia, do assalto do poder do imobiliário, mas também dos bancos e das seguradoras, os "senhores" que sonharam reinar em todos os locais nobres da cidade. Como acontece a todos os ditadores, este poder absolutista vai cair. Há sinais de que a queda está a começar; outros aparecerão, por efeito de contágio, até que o poder volte para quem pertence, aos portuenses. A dialéctica da história ensinou-nos que assim acontecerá. A lógica do círculo vai prevalecer e a cidade verá de novo o seu coração a pulsar quando as crianças voltarem a inventar os espaços para brincar. E acontecerá tão mais depressa quanto os "guerreiros" da cidade se dispuseram a lutar sem tréguas com a única arma letal nestas ocasiões: a inteligência. Haja propostas...

Fernando Rogério

O passado...

Memória Posted by Hello

... tinha coisas muito boas, que mexem com a nostalgia do Manuel (o Joaquim, não o Oliveira, que se escreve Manoel, o culpado do cartaz acima), certo na crítica à desertificação. Apesar das cores cinzentas, imagem de marca das pedras da cidade, a vida pulsava nas ruas ou simples vielas, porque as casas estavam habitadas, os cafés tinham clientes à noite e as crianças inventavam espaços para brincar.

Fernando Rogério

Pós-reflexão

 Posted by Hello

Por imperativos legais, o dia anterior às eleições é destinado a reflexão... que, desta vez, me vi obrigado a prolongar depois de saber o resultado do acto eleitoral. O PS sozinho no Governo, sem ter que dar satisfações a ninguém, deixou-me a reflectir. E vou continuar por mais uns tempos.

Fernando Rogério

3.09.2005

Porto lento e atordoado

Nada se parece com o Porto! Nada mesmo, mas também não era para parecer.

O Porto ocupa um espaço Universal e, assim sendo, tem uma vida em movimento. Há que ter cuidado porque vida é vida, para o bem e o mal, e a tendência de quem não se cuida é a morte.

Petalas caídas, folhas soltas, ao vento desordenadas, agigantam o desfazer da harmonia gerada por aquele gosto bairrista da diferença; que se esvai cada vez mais por falta de gosto, jeito ou simplesmente querer.

Triste inquietude que toma de soslaio o prazer de ser residente e mesmo natural, ao avistar paredes que se decompõem em pó, que adivinham o deserto humano a que conduz, com o grave problema da alienação sem hasta pública, perdendo, para sempre, o que tão difícil foi construir partindo do Burgo.

Pulsa pouco ou nada na noite triste e fria. Forças menores alimentam-se do medo dos que têm a perder. Falta luz e vida como outrora. Trabalho de artífice em cada rua; escola que quase não existe por falta de juventude, que alimente; pelo contrário povo envelhecido, que não se desloca - por falta de tudo.

E assim vai esta cidade adormecida, de água rodeada de um rio e mar, bela mas triste.

Manuel Joaquim

Tristeza - palavra mágica de um povo...

Se eu fosse o Tiago e tivesse as pistolas carregadas disparava, sem parar, como nos filmes em que os carregadores não contam, em todos os jornalistas que, este fim de semana, acharam que a notícia mais importante era o último lugar do primeiro treino da fórmula 1.

Embora não sirva de consulação, no segundo, até à frente do Shumi acabou. Mas cada momento sua apreciação e no fim de tudo em penúltimo ficou.

Mais uma vez triste fiquei de não gostarmos de nós. Não que mentira fosse realidade tamanha. Mas porquê realçar o negativo sem explicar o assunto em questão. Não sou apologista da mentira, nem da glória ignóbil, mas sei reconhecer que nem sempre o primeiro é último, nem o último é primeiro.

Se queriam vangloriar achando o último lugar óptimo, não esqueçam que o óptimo é inimigo do bom.

Sejamos honestos e apreciemos o esforço do Tiago Monteiro. Não adoremos falsos profectas, mas tenhamos uma palavra de ânimo - senão pela pessoa - pelo menos pelo que representa para uma Nação como a nossa, necessitada de novos feitos para nos agigantarmos.

Quer queiram quer não, como já foi dito, existem mais astronautas do que pilotos de fórmula 1 e um deles é mesmo Português, de quem me orgulho, como de tantos outros que têm remado contra o negativismo atávico de muitos compatriotas que ainda não compreenderam que neste canto é Portugal, dos Portugueses e para os Portugueses que o quiserem ser. Os outros que partam à procura de novos mundos.

Quando do lado de fora, e disso estamos cientes, apreciarão de modo diferente e poderão contribuir com outro espírito, que nós agradeceremos a todos.

Manuel Joaquim