2.25.2005

Sede

Saciedade Posted by Hello


Matar a sede de muito gente é a boa acção que a Super Bock praticamente diariamente e só temos que agradecer por tão delicioso manã nos aconchegar a garganta. Como se não bastasse, dá azo a que alguém nos brinde com a criatividade deste quadro, que bem poderia ser publicitário; um regalo para a vista. Vale a pena ter sede...

Desabafo simplesmente...

Longe de mim tentar orientar o futuro governo em aspectos como a economia, o défice orçamental, ou coisas assim. Eu não percebo nada de governos! Nunca fui Secretário de Estado ou Ministro, nem tão pouco empregado de Ministério, portanto não sou obrigado a saber destas coisas.
Gostaria é que, desta vez, tivessemos um governo sólido, com indivíduos despidos de interesses pessoais e qualidades suficientes para as tarefas que lhe dizem respeito. Se estou a pedir muito, digam para estar anegráfico (desculpem o disparate).
Não gostaria que, como habitualmente, fossemos governados por gente que, simplesmente por fazerem parte do grupo, servem para qualquer lugar, independentemente da sua competência básica. Assim também eu, grande coisa!
Já imaginaram se um qualquer treinador de futebol, por exemplo, colocasse o guarda redes a médio, o extremo a defesa central e assim por diante, quais as hipóteses de vencer um jogo. Só por milagre e, como eu costumo dizer, nem a Nossa Senhora de Fátima os tem feito!

A ver vamos quem o Senhor Sócrates lá coloca, mas já o aviso que a coisa vai preta e se for preciso vão corridos à vassourada.

Manuel Joaquim

2.22.2005

Descontentamento!

Caros Senhores,

Custe o que custar e doia a quem doer, sinto-me impelido a transformar o meu pensar em escrita de se ver.

Nem passava de ano e dia quando o senhor Rogério me carimbou de sócio dos Dragões. Tirando a minha tia Aurora que se lembrou de afrontar o cunhado, tentando levar-me para o Boavista, coisa de brinca, sempre fui - e deve ser difícil mudar - Dragão.

Porquê tanta treta? Por causa do Senhor Costa que diz, hoje, no jornal O Jogo, que a culpa da maioria absoluta é do Rio.

Não é não! Está o Senhor Costa muito enganado! o Rio é do Porto e a maioria absoluta é de Portugal. Não se confundam as coisas - o que é seu a seu dono.

A mim nem me aquece nem me arrefece o problema, porque não sou mesmo nada ao Senhor Rio, arrefece-me é a atitude. Não seria bem mais importante que o Senhor Costa, que tem um lugar muito importante, no meu entender de Dragonista, a conduzir a nossa equipa, que não tem estado no seu melhor e até nem sei bem de quem é a culpa, mas minha não parece ser, se preocupasse com a próxima Quarta-Feira e deixasse, de momento, o Senhor da Câmara.

É bem mais importante controlar a postura de alguns jogadores e o seu rendimento, não dar cobertura a alguns excessos e provar a todos que não devemos ao fisco, do que pensar, neste momento, no Senhor Rio.

Teremos, a breve prazo, ocasião de ajustar contas e aí sim, defendamos a nossa honra.

Sem fel, nem mel é só um pequeno desabafo. Gosto do Dragão limpo e de vencer.

Manuel Joaquim

2.20.2005

Viva o Águia Douro...

Obrigado pelo toque memorial, que é muito importante para o Futuro.

Existe uma única forma de construir equilibradamente, é mantendo sempre presente o passado. Não para nos atrasar a vida, nem para fazer cópias, mas sim, para nos lembrarmos de como fazer melhor. Só a experiência nos permite voar alto sem cair.

Sem lamechas, há que recordar o velho Águia. Aquela fachada que, no seu estilo, era lindíssima.

Imaginem o que seria se a Praça da Batalha se tornasse numa praça cultural, transformando, por adaptação, tanto o Àguia, como o edifício do "Inatel" - não era este o nome verdadeiro - que lhe está adjacente, o Batalha e até os Correios (assim lhe chamavamos), em locais de cinema, teatro, música e tudo o que a imaginação permitisse. O São João já lá está. Era só recupar o Java, o Tropical e pouco mais. Só Hóteis são dois, e pensões - que se poderiam transformar para gatas finas (é mais elegante), também já as há, e mais ainda, até o Terço poderia passar a mini hospital e muito mais seria permitido realizar.

É demais não é? Estes sonhos até fazem mal à moleirinha. Era muito chato que depois viessem aqueles senhores estrangeiros, que andaram por aí há tempos, atrás da Ópera dos Malandros ou da 5.ª Sinfonia de Senhor Beethoven, tocada pela orquestra não sei das quantas, ou da Senhora Maria João Pires, ou até para o Fantas, etc.. Era muito chato e eu não estou para isso!!!
Manuel Joaquim

J E R Ó N I M O

Dos meus tempos de puto, das brincadeiras tecnologicamente atrasadas, sem playstations que obrigassem a puxar pelo intelecto (há quem o diga como se fosse verdade...), recordo as perseguições nas cowboiadas, onde os “artistas” corriam atrás dos “índios”, que os mais dotados de lábia até apelidavam de “peles vermelhas”, por força das legendas decoradas dos filmes de John Wayne ou, numa versão mais romântica, do Roy Rogers, o herói que entre esvaziar de um tambor e outro de balas certeiras, dedilhava na viola aos ouvidos das senhoritas em perigo, obviamente, entretanto, por ele salvas…
Por esses idos, aqueles poucos que preferiam fazer de “índios” – afinal, o artista, nos filmes, ganhava sempre… -, quando saltavam do esconderijo para mostrar o peito ao inimigo, gritavam “G e r ó n i m o”. Segundo as películas que o écran a preto e branco nos mostrava, "Gerónimo" era o nome de um chefe da tribo dos Apache. Era guerreiro sem medo, comandava a sua tribo contra os “caras-pálidas” que lhe queriam roubar o território.
No dia em que a lei nos permite exercer o voto que determinará o partido que formará o governo, apetece-me caminhar em direcção à urna como se me dirigisse a uma batalha nas pradarias americanas e assumir a mesma palavra de ordem que gritava ainda puto, com uma nuance foneticamente imperceptível: “Jerónimo”.
Sou daqueles que pensaram estar o PCP a suicidar-se quando decidiu que o sucessor de Carvalhas seria o tal de Jerónimo. Confesso que não o conhecia e, do que me disseram, projectei um ortodoxo, de cassete permanentemente online, incapaz de algo que fosse novo. Penitencio-me. Tudo o que li, ouvi e li nesta campanha que terminou fez-me perceber o erro de avaliação.
Jerónimo assumiu a “enormidade” de que Portugal não pode nem deve sair da União Europeia (embora, salientando, e bem, que é preciso mudar as políticas da UE); Jerónimo confessou que o PCP não soube lidar lá muito bem com a queda do império soviético e não gaguejou a afirmá-lo; Jerónimo disse que não usava gravata antes de ser secretário-geral e iria continuar sem a usar. Disseram-lhe, então, que um ministro teria que usar gravata e ele retorquiu: “Mas eu não quero ser ministro”; Jerónimo admite acordos com o PS para viabilizar um Governo, mas não quer tachos, nem para ele nem para os camaradas de partido…
Perante isto, como admitir que a solução única é uma maioria absoluta para o PS? Engano! Se lha derem, os tais do PS ficarão sem freio nos dentes e vai ser o maior forrodó da história da (não) governação portuguesa. O melhor é deixar que precisem de Jerónimo, porque assim Jerónimo poderá funcionar como uma espécie de grilo falante da consciência socialista. Quer-me parecer que será capaz de desempenhar o papel melhor do que ninguém!

Fernando Rogério

2.19.2005

O verdadeiro

 Posted by Hello


Para quem não se lembrar ou, simplesmente, não conhecer, é este Batalha que o Manuel diz ter-lhe avivado recordações agradáveis. Está lá bem à vista, edifício bonito, raiz da frase que nos celebrizou. Como era a melhor sala de cinema, quem exagerava na "história" levava com a resposta: "Bai no Batalha".

Bai no Batalha!!!

Mentira!
Não bai no Batalha, mas sim, fui hoje ao Batalha.
Não, não é verdade, não fui ao cinema; fui sómente visitar o antigo Batalha.
É fácil! Tem a ver com aquele assunto "causa - efeito".
Por causa de ter passeado os olhos pela Visão, fiquei sobre o efeito da saudade. Por causa de, casualmente, ter passado hoje na Praça da Batalha, lembrei-me da saudade que senti ao ler a Visão e não resisti.
Não percebi aquela coisa de ter que pagar um euro à entrada, mas respondi que o arrumador da zona cobrava mais. Eu sou assim não me deixo vergar. Se tenho que pagar para ir ao Batalha, eu pago e não dei por mal empregue a esmola.
Não há novas meus senhores. Felizmente que está quase igual ao passado, retiraram sómente as cadeiras da plateia por causa dos concertos de música. As madeiras, as vitrinas, etc., são as mesmas e limpas. Pena é que o Bebé também não esteja assim. Ainda não foi restaurado.
É giro porque entrei dei uma volta e saí. Coisa de pouco tempo, mas soube-me mesmo bem. Aquela alegria interior de sentir um edifício que faz parte da minha vida, sem estar degradado, que está vivinho da silva (neste instante) e querem saber que dei comigo a pensar - sim também me acontece, raro mas acontece - que existem uns miúdos que, por não terem que fazer, passam o tempo a brincar aos arquitectos, aos gestores e muitas mais profissões e ainda, por serem uns grandes malucos, talvez arranjassem maneira destes edifícios, como o Batalha, serem úteis para a humanidade, do Porto principalmente porque cá moramos. Lá mataríamos dois coelhos de uma só vez. Usavamos e, ao mesmo tempo, preservavamos. O que acham? Talvez sim, talvez não! Mas com o valor de um jantar desses que fazem os políticos que se presam e o nome dos miúdos na obra, e já estavam a esfalfar-se todos. Por tão pouco talvez se fizesse muito. É o que eu acho!!!

Manuel Joaquim

2.17.2005

Boa escolha

Gravata... Posted by Hello


Para quem servir o nó

Se a questão maior são as gravatas, podem propor-se alternativas e esta creio que seria uma boa solução para aqueles que nada fazem, nada gostam de fazer e têm todo o tempo do mundo para exercer a sua "profissão".

F.R.

Diferença

Não é justo pensarem que a estas horas estou capaz de dar resposta. Mas a verdade, é que vi o tal sujeito de camisa cinza, sem gravata. Possivelmente a mãe dele, que é diferente da minha, não insistiu - com duas gravatas na mão - que ele colocasse pelo menos uma. Enfim, cada um tem a sua.

O outro fez-me lembrar aqueles Portugueses que, bem vestidos, falam tão bem que não precisam de trabalhar. O discurso é simples mas incisivo. Não tem que se preocupar porque Nós Oferecemos-lhe oito dias em qualquer lugar à sua escolha. Não estamos aqui para enganar ninguém.

O terceiro, um pouco afónico, estava apagado, mas já o conhecemos dos últimos seis meses. É verdade.

Há um que saiu atónito... afónico - é parecido são ambas as palavras acentuadas na antepenúltima sílaba.

Estavam distraídos, porque ainda havia um último. Pessoa distinta no seu fato castanho - era, não era!!! - não vi muito bem. Porquê tudo isto?

Estou farto, muito farto, de ouvir que o afónico (só porque estava apagado - não era o outro que teve que ir embora), está sempre a dizer que o defeito é do que saiu a meio, e talvez tenha razão (quem sou eu para duvidar das palavras dele?). Mas o meu problema mantém-se. Quem mandou ultimamente?

Antes, e depois, estamos muito perecidos. De marcha atrás, ou para a frente, continuo a sentir que a velocidade é tamanha que, virado ao invés, chegaria tarde mas chegaria.

Assim vou chegar um dia. Infelizmente tarde e a más horas.

Espero chegar em Portugal a bem da Minha Nação que tambem é vossa.

Manuel Joaquim

Curta, para quem de direito

Informação Posted by Hello



Aluno à professora:
- Não quero alarmá-la, mas o meu pai diz que se as minhas notas não melhorarem, alguém vai levar uma sova!

2.16.2005

InteliJUMÊNCIAS

Motores... Posted by Hello


Burros e outros... mais burros


A inefável qualidade dos discursos, diálogos, monólogos ou simplesmente “umbigólogos” que preenchem os dias de hoje reclamam exclusividade das atenções para a campanha eleitoral de que o país padece e vai padecer até ao final da semana. Multiplicam-se as manifestações de mau gosto, equívocos que são manã da insignificância dos que se propõem fazer a gestão do país, dando corpo à cultura pimba que se instalou através da música e chegou, numa espécie de êxtase, à política.
Atente-se na imagem marroquina. Para além do ridículo que poderia resultar da tentativa de recriação da posse do luxo impossível, repare-se na criatividade pela mistura de dados, o mais delicioso dos quais resulta da troca dos cavalos do motor pelo burro que puxa a carga. O meio de transporte ganha assim importância tão inusitada que quase se perde a noção de que a chave do transporte é o condutor e não o motor. Este pode até trabalhar sem a gestão de quem o dirige, mas jamais saberá que caminhos trilhar, porque as suas opções são intuitivas e não pensadas. A condução é um acto de inteligência, que obriga a decisões perante um rol de alternativas…
Ora, é de inteligência que aqui se fala, na referência a eleições e a quem vai formar o próximo governo. Não interessa que motores se vão utilizar, porque o meio de locomoção apenas influencia a velocidade da viagem - não é aconselhável impor a uma carroça velocidade de auto-estrada, mas será sempre possível chegar onde chegam os outros. Decisiva é a inteligência - na forma activa e sem necessidade de empurrões ou encontrões - do condutor e a perícia com que será capaz de fazer viajar o país neste período parco de ideias e falido de opões. É tempo de governo para inteligentes e não para os inteliJUMENTOS com que temos convivido.

Fernando Rogério

2.15.2005

Poluição

Pressa? Posted by Hello



O voto

A vontade terá chegado quando o cartão já estava na ranhura? Ou por aquelas bandas é preciso pagar para se usar o W.C.? De que tamanho será a gargalhada de quem dispara o flash? Pode ser tudo, mas a atrapalhada não tira os olhos postos do écran, pernas cruzadas e bem fechadinhas, em jeito de tampão, definitivamente, furado...
Olho e ouço a campanha dita eleitoral que nos fere diariamente os sentidos e a alma e vejo esta imagem de descuido, pela pressa dos políticos medíocres que sonham ser governo (sonham porque governar, na nobreza que impõe o significado de tal palavra, mesmo eleitos "democraticamente", jamais conseguirão). O que lhes transpira não são ideias ou propostas de governação, antes dejectos, líquidos ou sólidos, que escondem as reais intenções dos lobbies que os transportam em limousines até à cadeira do poder.
Haverá, apesar dos sinais destes tempos, quem tenha ideias e as queira transmitir como mensagem de esperança para um futuro que diga não ao pragmatismo, essa praga que invadiu o mundo dito ocidental nos anos 80 e teve efeito de eucalipto, secando as opiniões divergentes que existiam à sua volta. Mas os portadores desses ideais de esperança não têm meios para ampliar as vozes, perdendo-se na poluição provocada pelos dejectos que vão sendo espalhados pelos outros, os dos lobbies.
Já pensei seriamente que o voto em branco, na forma que o genial Saramago o descreveu, poderia ser solução, houvesse a certeza de que a mensagem chegava a todos. Como temos ainda o problema da poluição para resolver (há esperança, até o Sado já foi despoluído), o melhor será optar pelas vozes de protesto. É que por lá, pela Assembleia da República, por lei, eles podem fazer ouvir-se. Nem que seja só por um bocadinho.

Fernando Rogério

2.13.2005

Simplesmente atento...

No aconchego tertúlico deste espaço à carga volto, porque, se aviado não foi, no minho aprendeu que não chega a força inicial da cavalaria para levar de vencida tamanhas gentes.

O empenho é necessário por todo o tempo. Do nascimento até à morte, teremos que enfrentar as hostes demoníacas, que se apresentam em cada instante deste viver, que não permitem o descanso em que nos sentamos descontraídos.

Punhamos os olhos em pequenos que se agigantam e travemos a luta que se avizinha, discutindo, palmo a palmo, o rumo das nossas vidas.

Não te sentes descuidado, a Pátria Lusa te chama, no mínimo, se não os levares de vencida, não te sintas derrotado.

Manuel Joaquim

2.12.2005

À trave

A importância do instante resulta da grandiosidade do acto praticado. Ora, aqui está um momento único para a sociedade, que consciencializará, mais tarde ou cedo, o significado absolutamente decisivo da existência da palermada...
Este conceito que adoptamos do não-compromisso, que tudo permite sem nada exigir, condicionará o futuro do planeta pelo contágio que fará emergir uma nova ideologia capaz de adulterar a hipocrisia que orienta os grandes líderes do planeta, por ora apostados em bater o recorde de asneiras que se mantinha dos idos 40 do século que passámos, ligado a esse vulto da estupidez que dava pelo nome de Adolf Hitler.
Enfim, a seriedade do momento impõe aquela verdadeira criatividade que não se compadece com discursos palermóides, como ameaçava o parágrafo anterior. Não tendo, por ora, musa que me estimule a garatujada (invadem-me algumas ideias agradáveis que ela poderia pôr em prática, mas nada que tenha a ver com a escrita), fico-me por aqui neste pontapé de saída particular, retirando-me com a consciência de que apenas acertei na trave (é só para manter o toque futebolístico com que o Manel fechou). Já é qualquer coisa...


Fernando Rogério

É novo aproveita

Há sempre alguém, quero dizer, um primeiro...

Nasceu mesmo agora está ainda quentinho,
aproveitem os Palermas, para abrir outro caminho.
Escrevam o que quiserem; que as imagens tenham senso
e tento não haja no comentário limpinho.

Murdaz quanto preciso a trincar os calcanhares,
basta de desculpas, é para dares e levares.
Ninguém em seu abrigo está seguro na defesa,
porque já está mais que visto que o melhor é atacares.

Pouco de muito chega, o não é que é reprovável,
se logo mais puder, aqui voltarei afável.
Do Pedro nada a dizer - está doente coitado,
mas o Benfica, a meu ver, pode estar bem aviado.

Manuel Joaquim