10.11.2005

O presente escrito no passado

"Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégios e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"

Este parágrafo não é produto de uma mente imaginativa, tem aplicabilidade neste Portugal de 2005! Pois, mas foi escrito por Eça de Queiroz em 1867 (in “Distrito de Évora). Tropecei nele num blog que vale a pena espreitar. Chama-se http://ablasfemia.blogspot.com/. É um local de troca de opiniões, polémica quanto baste, na maior parte das vezes exercida com inteligência. Espreitem.


Fernando Rogério

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